A proibição da marijuana não é do interesse público, pois fomenta o mercado negro (que, por sua vez, gera violência e criminalidade) e possibilita a adulteração dos produtos (o que põe em causa a saúde pública). Impede a investigação das propriedades benéficas a nível medicinal, por exemplo, e das suas possíveis utilizações a nível de culinária, dos têxteis e da produção de pasta de papel, entre outros.
Quanto ao uso relaxante e recreativo, não sou a favor quando é feito de forma excessiva nem em idade de crescimento, pois pode tornar-se prejudicial à saúde. Mas acho que é uma opção que deve ser tomada por cada um, de forma informada, mas por cada um e por mais ninguém. Ao proibir o consumo de marijuana estamos, teoricamente, a proibir as pessoas de tomarem essa opção ou, mais propriamente, de tomarem essa opção de forma segura e informada. Estamos a limitar a liberdade individual de cada um, e com isso discordo totalmente.
Na minha opinião, a legalização não é algo que respeita somente a quem consome - acho, pelo contrário, que é algo por que toda a gente devia lutar, pois é um assunto de saúde pública, de segurança e da liberdade de cada um.
Marcha Global da Marijuana, dia 8 de Maio, 15h no Largo da Portagem, em Coimbra.
[Estarão a decorrer, pela mesma altura, iniciativas semelhantes em Lisboa e em Braga.]