Thursday, November 26, 2009

Literaturas Imaginárias

Foi acabado de divulgar o programa oficial do próximo sábado (dia 28) das Conversas Imaginárias, este virado para a literatura e BD.

Aqui fica ele:


28 de Novembro
(auditório da BMOR)

(no átrio, durante o evento) Feira do Livro Fantástico; com o apoio Dr. Kartoon.

15:00-16:00 –Auto-edição em Portugal: oportunidades e problemas.
Com Pedro Ventura (moderação), Paulo Fonseca, Rafael Loureiro.

16:00-16:30 – Conselhos de leituras fantásticas.
Com João Barreiros, Nuno Fonseca, Cristina Alves.

16:30-17:00 – Intervalo.

17:00-18:00 – Novidades e Projectos de Banda-Desenhada.
Com João Lameiras (moderação), Ricardo Venâncio, Rui Ramos, David Soares, Filipe Melo.

18:00-19:00 – Novas Aventuras do Fantástico Português.
Com Rogério Ribeiro (moderação), Telmo Marçal, Fábio Ventura, Bruno Martins, Ana Vicente Ferreira.

20:00 – Tertúlia Noite Fantástica.
(Jantar, no restaurante Chili's - inscrições no tertulianoitefantastica@gmail.com).


Espero ver-vos por lá! Um abraço!

Extrapolação Nortenha

Nasceu, há pouco tempo, a Associação Extrapolar, com casa aqui.

É uma associação de cariz cultural que pretende dinamizar o espaço cultural do Grande Porto. Dêem uma olhadela ao seu manifesto. ;)

Estes projectos nunca são a mais, desde que sejam para andar para a frente. E este é.
Eu terei todo o gosto em embarcar com o Carlos Vinagre e todos os Extrapolantes neste projecto. E quem também o quiser fazer será muito bem-vindo.

Sunday, November 15, 2009

Musicalbi

Fui ontem à apresentação do álbum "Mastiço", dos Musicalbi, na Fnac Coimbra.

Cheguei mesmo a tempo, a meio da primeira música. Pela descrição no site da fnac, esperava algo na senda de Dazkarieh, mas não foi o que encontrei. As dúvidas que se apoderaram de mim desvaneceram-se ao fim de alguns minutos, e rapidamente comecei a vibrar ao som da música.
Efectivamente, não é nada do género de Dazkarieh que se encontra num concerto dos Musicalbi - ambos partem de uma pesquisa séria e profunda no campo da música tradicional mas, enquanto os Dazkarieh refazem as músicas tradicionais num estilo mais pesado, roqueiro, a sonoridade dos Musicalbi é mais suave, talvez mais próxima dos originais.

Existem desde 1983 e já lançaram 4 discos. Actualmente, a formação é composta por Carlos Salvado (Voz, Bandolim, Guitarra, Cavaquinho, Bouzuki, Flautas), Filipa Melo (Voz), Horácio Pio (Baixo, Acordeão, coros), Maria Côrte (Violino, Harpa Celta, Gaita de Foles), António Pedro (Piano, percussões, coros) e António Lourinho (Bateria). Esta miríade de instrumentos possibilita uma enorme variedade de sonoridades de música para música, todas elas absolutamente agradáveis.

Os desejos do melhor sucesso para eles, merecem!


Musicalbi.pt
Musicalbi on MySpace

Tuesday, November 3, 2009

Novembro, Escrita e Imaginação

Novembro tem-se afirmado cada vez mais como o mês da escrita por excelência, através do National Novel Writing Month (NaNoWriMo). Eu vou participar, não com o objectivo de escrever as 50 000 palavras até dia trinta, mas com o objectivo de iniciar e terminar o projecto que tenho andado a magicar para participar neste desafio. Vai ser um mês (quase) exclusivamente dedicado a este projecto, por isso vou estar (mais) ausente do blog.


De qualquer forma, na senda dos últimos posts sobre o Fantástico, gostaria de fazer referência a duas ou três coisas.

Antes de mais, às Conversas Imaginárias, que já têm cartaz :)
Vai decorrer nos sábados 21 e 28 de Novembro na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro e, mesmo não tendo o programa oficial ainda sido divulgado, há já alguns nomes confirmados - Pedro Ventura, Telmo Marçal, João Barreiros e David Soares, entre outros, na parte da literatura e BD, e António de Macedo e Rui Ramos, entre outros, na parte da concept art e cinema.
"Como prelúdio das Conversas Imaginárias", como acabado de anunciar no blog oficial, vai estar patente na Biblioteca uma exposição intitulada "Há Conversas com o IMAGINarte", de 9 a 28 deste mês.

Relativamente ao debate "Com Todas as Letras", que contou com o Pedro Reisinho (da Gailivro), o Luis Corte-Real (da Saída de Emergência) e o Pedro Marques (da Livros de Areia), bem como com o David Soares e o João Seixas, acho que vale a pena ler o texto publicado no blog da Livros de Areia.


Falando de livros, vai sair no Brasil a antologia Imaginários, de dois volumes, com participação não só de autores brasileiros mas também de nossos conterrâneos - Luís Filipe Silva, João Barreiros e Jorge Candeias. Para adquirir, com certeza.

Já deste lado do atlântico, foi lançada muito recentemente a antologia Talentos Fantásticos, pela edita-me. Envolta em muita polémica desde que a editora anunciou estar aberta a submissões para publicação de uma antologia, e ainda que não conheça os organizadores pelo que não posso afirmar nada com toda a certeza, tenho ficado cada vez mais convencido de que estes não agiram de boa-fé.
Vejamos, as participações (na categoria conto) tinham um limite máximo de 6 páginas. Porquê? Apostar na quantidade, afirmou a edita-me. Pergunto-me se será apenas para dar oportunidade a novos autores ou se será para terem um número de potenciais compradores maior. Não tenho uma resposta concreta, até porque não estou dentro da cabeça de quem organizou a antologia, mas inclinar-me-ia para a segunda hipótese. Mas passemos à frente.
Os autores dos contos, poemas e ilustrações não recebem direitos de autor nenhuns (o que é compreensível, pois daria uma quantia irrisória a cada um dos quase 100 participantes). Não recebem também nem sequer um exemplar cada um. Pronto, vamos esquecer isto, pois 100 exemplares era muita coisa. Mas vá, um desconto generoso aos autores, poetas e artistas que participam na antologia. 40%, 50%? Não? Não, uns irrisórios 10% de desconto aplicado nos 20€ que custa o livro de 350 páginas.
Sinceramente, cheira-me a um método sujo de fazer dinheiro. A maior parte dos autores estão a ser publicados pela primeira vez, pelo que vão querer comprar um exemplar, com certeza. Eles e, talvez, uns quantos familiares e amigos. Consideremos 80 como o número de participantes, e suponhamos que cada um, bem como um familiar seu, compra um exemplar. São 160 exemplares vendidos à partida - 2880€. Não estou dentro do mercado edição, mas parece-me que é um valor que cobrirá os custos de impressão, que, posto tudo isto, são todos os custos que a editora teve. O resto enche os bolsos de alguém.

O mesmo me parece que acontece com a editora Andross e as suas antologias, que referi no final deste post. Os autores, ao participarem na antologia, comprometem-se em vender 20 exemplares desta. Sendo os limites de palavras muitíssimo reduzidos, temos um mínimo de 40 participantes para cada antologia, o que significa 800 exemplares vendidos à partida.
Sim, o autor tem várias vantagens - tem logo um número de leitores potenciais muito elevado e, para além disso, ao vender os seus 2o livros (que pode adquirir com um desconto elevado - quase 50%), pode ainda ganhar dinheiro.

A mim, esta forma de publicação, que se está a tornar cada vez mais comum, parece-me muito pouco ética, por muito apetecível que possa parecer para um autor em início de carreira.


PS: O site da Saída de Emergência mudou de visual. Vale a pena dar uma espreitadela ;-)