Thursday, December 9, 2010

I AM Wikileaks!

To the U.S. government, and corporations linked to Wikileaks:

We call on you to stop the crackdown on WikiLeaks and its partners immediately. We urge you to respect democratic principles and laws of freedom of expression and freedom of the press. If Wikileaks and the journalists it works with have violated any laws they should be pursued in the courts with due process. They should not be subjected to an extra-judicial campaign of intimidation.

petição da avaaz.com, o número de pessoas que já assinaram cresce de forma estrondosamente rápida! assina também, divulga e ajuda a chegarmos ao 1 milhão de assinaturas!


É a nossa liberdade de expressão e informação que está em causa.

I am Wikileaks, and so are you!

Sunday, December 5, 2010

O Caminho dos Estudantes

Foi publicado no Esquerda.net um excelente artigo da autoria de José Biern Boyd Perfeito, estudante na Grã-Bretanha. Um texto incontornável para quem quer perceber o que realmente se passa no Reino Unido, e porquê.
http://www.esquerda.net/artigo/o-caminho-dos-estudantes-ingleses-e-luta


Permitam-me, então, que cite algumas passagens do mesmo:

«O aumento da duração dos créditos, ou seja, mais tempo a pagar a educação e a completa negação de uma educação universal e gratuita, parecem não incomodar a direita conservadora talvez pelo facto de sempre terem Eton e as Grammars Schools onde pode pôr os seus filhos a estudar sem apoio do estado, porque têm dinheiro. A educação volta a ser um privilégio de quem tem dinheiro.»

Aqui, o autor vai direitinho ao cerne da questão: a gratuitidade. Caso ainda não nos tenhamos apercebido, esta está a acabar (nuns casos) e a tornar-se cada vez mais distante (noutros).



«Manchester, Liverpool, Bristol, Cardiff, Edimburgo, Glasgow, Newport, York, Newcastle, Lewisham, Preston, entre muitas outras, são as cidades universitárias onde protestos têm eclodido com regularidade. Em Preston, trabalhadores de uma fábrica de energia, fizeram uma concentração em apoio dos protestos dos estudantes. Em resposta a um jornalista da BBC sobre a razão do apoio aos estudantes, um dos trabalhadores respondeu, “somos os pais deles”.»

Este parágrafo parece-me extremamente importante, pois abarca a questão da união. Cada vez mais, as várias classes (se é que lhes podemos dar esse nome) - estudantes, trabalhadores, desempregados - se unem para fazer face a políticas que, directa ou indirectamente, acabam sempre por afectar todas elas. Isto vem acontecendo em França, em Inglaterra, em Itália, entre outros lugares. Em Portugal, no entanto, parece haver uma luta constante de certos sectores da esquerda para manter cada luta no seu lugar, para evitar a união. Porquê? Não sei, mas espero sinceramente que as pessoas percebam realmente os problemas que enfrentamos e enfrentaremos cada vez mais no futuro e se UNAM. É urgente que isso aconteça.



O texto termina de uma maneira soberba, com José Biern Boyd Perfeito a desafiar «o povo Português, os trabalhadores, os demais cidadãos a darem esta clara mensagem aos senhores do dinheiro.

“Vocês trouxeram as dificuldades para a nossa vida, agora nós vamos levar as dificuldades para a vossa.”

Se isso significa ir para as ruas, protestar , não é por uma razão vã e sem significado e demorando o tempo que demorar. Estamos já há um mês e meio nesta luta e não se vêem sinais de cansaço.



Há muito que entendemos que é a nossa vida que defendemos e essa não é uma razão vã.»



Resta saber quando nós, portugueses, vamos perceber isso.