Férias, finalmente :D
Nas últimas semanas tenho dado o tudo por tudo, não relativamente à escola, mas a várias coisas com que ando a trabalhar. Vi-me obrigado a afastar-me um pouco da net, mas valeu a pena. Valeu mesmo :D
Vou adiantar mais pormenores nos próximos dias, mas já que faltam apenas 2 dias para dia 07, gostava de deixar uma breve (será? xP) menção às Eleições Europeias.
Penso que nestas "coisas de política" não devemos olhar apenas para a cor dos partidos, mas para quem os representa.
Eu, por exemplo, sou de esquerda, pelo que percebi até agora concordo com o mister Marx (ando a ler O Capital), mas nunca votaria na CDU, nestas eleições. A Ilda não me inspira a mínima confiança, e acho que não tem capacidade para nos representar na Europa (são opiniões, all right? xD). Já o Nuno Melo, por exemplo, parece-me um sujeito bastante inteligente, capaz de lutar pelo país e pelas suas ideias - ideias essas com que não concordo, não, mas sempre me parece mais capaz do que a Ilda.
Quanto ao PS e ao PSD, sinceramente, nem me preocupei muito em saber aquilo que apregoaram, nem em conhecer melhor os candidatos (e aqui vou contra o que disse inicialmente, mas quem aguentou e aguenta mentiras dos partidos centrais, também aguenta uma incoerênciazita xD), mas nunca votaria em nenhum destes dois partidos. No PS porque, bem, toda a gente sabe, e quem não sabe devia pensar um pouco antes de pôr uma cruzinha à frente de "Partido Socialista". -.-'
Quanto ao Paulo Rangel e restantes candidatos do PSD, bem, até poderão ser pessoas sérias e com boas propostas, mas nunca alimentaria o ciclo vicioso em que a política portuguesa está metida. Sabemos no que tem dado, não vale a pena tentar arriscar, uma e outra e outra vez. O PSD até poderia ter um desempenho excepecional mas... e se não tivesse? Ficaríamos mais 4 anos à espera, para mudar, ou para votar novamente no PS? Eu acho que não mas, como já disse, são opiniões :P
Ainda quanto a isto, mais uma coisinha, para aqueles que pensam em votar no PSD para retirar força ao PS - um voto é um voto, independentemente do partido. Ou seja, se não votarem no PS, é sempre um voto para a oposição, não é necessário votarem no PSD para fazerem alguma mossa.
Quanto ao PPM, bem, é uma questão sensível. Eu pessoalmente não vejo mal nenhum em haver um rei. Aliás, estávamos bem melhor na altura em que «the king was the people, the king was the people, meaning that all the people were a part of the kingdom and the king loved the people with his all heart - he would do anything for them. He was not just a politician, but he was a warrior, you know, a general on the front lines, he would die for his people, he was a singer, a writer, a poet, all this different things. You know, a real person.» Actualmente, pelo contrário, «we live in a world of fragmentation, where the majority of the people don't appreciate or care about so much the person that's running things» (citações da música Refuge, de Matisyahu).
Não digo um rei que governe de forma absoluta, mas um rei que mantenha o país num rumo definido, com apoio de um parlamento eleito democraticamente, e não num pára-arranca totalmente democrático mas também absurdo característico da alternância PS-PSD.
Se a monarquia é o modelo que eu prefiro? Não, não mesmo (Marx ftw!), mas preferia uma monarquia constitucional com um rei competente à situação em que estamos por causa de certas pessoas que andam a jogar ao "agora sou eu, amanhã és tu" desde há 30 anos.
PNR... Ora bem, compreendo. O nacionalismo é uma das ideologias que ganha força sempre que há uma grande crise global, e percebo porquê. E, segundo o ponto de vista deles, até têm a sua razão. No entanto é totalmente incompatível com a minha maneira de pensar, com o mundo sem fronteiras que eu defendo.
Siga viagem, então xD
Quantos aos outros pequenos partidos, bem, confesso que não tenho uma opinião formada. Penso apenas que todos juntos poderiam ter uma força maior, poderiam fazer mais. Temos o POUS4, PCTP e o PCP que, pelo menos pelo nome, defendem o comunismo. Porque não juntarem-se todos?
Last but not least, o BE.
Segunda-feira fui a um comício do Bloco e fiquei convencido. Não pelo Miguel Portas, que me pareceu mais um que gosta mais de reclamar do que propôr novas coisas, mas pela Marisa Matias, uma candidata jovem com ideias bem definidas e sem excesso de insultos nos seus discursos. Convenceu-me também a participação de Fernando Nobre, o actual Presidente da AMI, que protestou corajosamente contra a inércia dos grandes políticos europeus relativamente aos voos da CIA em espaço aéreo europeu, e que condenou o que se passa na Palestina. Alguém que fala assim não é gago, ainda que algumas pessoas tenham achado a sua forma de falar um tanto... desastrosa xD
Eu gostei, e fiquei confiante de que o BE vai conseguir bons resultados nestas eleições. Ou pelo menos esperançoso :$
Mais uma coisa:
Nas últimas semanas tenho dado o tudo por tudo, não relativamente à escola, mas a várias coisas com que ando a trabalhar. Vi-me obrigado a afastar-me um pouco da net, mas valeu a pena. Valeu mesmo :D
Vou adiantar mais pormenores nos próximos dias, mas já que faltam apenas 2 dias para dia 07, gostava de deixar uma breve (será? xP) menção às Eleições Europeias.
Penso que nestas "coisas de política" não devemos olhar apenas para a cor dos partidos, mas para quem os representa.
Eu, por exemplo, sou de esquerda, pelo que percebi até agora concordo com o mister Marx (ando a ler O Capital), mas nunca votaria na CDU, nestas eleições. A Ilda não me inspira a mínima confiança, e acho que não tem capacidade para nos representar na Europa (são opiniões, all right? xD). Já o Nuno Melo, por exemplo, parece-me um sujeito bastante inteligente, capaz de lutar pelo país e pelas suas ideias - ideias essas com que não concordo, não, mas sempre me parece mais capaz do que a Ilda.
Quanto ao PS e ao PSD, sinceramente, nem me preocupei muito em saber aquilo que apregoaram, nem em conhecer melhor os candidatos (e aqui vou contra o que disse inicialmente, mas quem aguentou e aguenta mentiras dos partidos centrais, também aguenta uma incoerênciazita xD), mas nunca votaria em nenhum destes dois partidos. No PS porque, bem, toda a gente sabe, e quem não sabe devia pensar um pouco antes de pôr uma cruzinha à frente de "Partido Socialista". -.-'
Quanto ao Paulo Rangel e restantes candidatos do PSD, bem, até poderão ser pessoas sérias e com boas propostas, mas nunca alimentaria o ciclo vicioso em que a política portuguesa está metida. Sabemos no que tem dado, não vale a pena tentar arriscar, uma e outra e outra vez. O PSD até poderia ter um desempenho excepecional mas... e se não tivesse? Ficaríamos mais 4 anos à espera, para mudar, ou para votar novamente no PS? Eu acho que não mas, como já disse, são opiniões :P
Ainda quanto a isto, mais uma coisinha, para aqueles que pensam em votar no PSD para retirar força ao PS - um voto é um voto, independentemente do partido. Ou seja, se não votarem no PS, é sempre um voto para a oposição, não é necessário votarem no PSD para fazerem alguma mossa.
Quanto ao PPM, bem, é uma questão sensível. Eu pessoalmente não vejo mal nenhum em haver um rei. Aliás, estávamos bem melhor na altura em que «the king was the people, the king was the people, meaning that all the people were a part of the kingdom and the king loved the people with his all heart - he would do anything for them. He was not just a politician, but he was a warrior, you know, a general on the front lines, he would die for his people, he was a singer, a writer, a poet, all this different things. You know, a real person.» Actualmente, pelo contrário, «we live in a world of fragmentation, where the majority of the people don't appreciate or care about so much the person that's running things» (citações da música Refuge, de Matisyahu).
Não digo um rei que governe de forma absoluta, mas um rei que mantenha o país num rumo definido, com apoio de um parlamento eleito democraticamente, e não num pára-arranca totalmente democrático mas também absurdo característico da alternância PS-PSD.
Se a monarquia é o modelo que eu prefiro? Não, não mesmo (Marx ftw!), mas preferia uma monarquia constitucional com um rei competente à situação em que estamos por causa de certas pessoas que andam a jogar ao "agora sou eu, amanhã és tu" desde há 30 anos.
PNR... Ora bem, compreendo. O nacionalismo é uma das ideologias que ganha força sempre que há uma grande crise global, e percebo porquê. E, segundo o ponto de vista deles, até têm a sua razão. No entanto é totalmente incompatível com a minha maneira de pensar, com o mundo sem fronteiras que eu defendo.
Siga viagem, então xD
Quantos aos outros pequenos partidos, bem, confesso que não tenho uma opinião formada. Penso apenas que todos juntos poderiam ter uma força maior, poderiam fazer mais. Temos o POUS4, PCTP e o PCP que, pelo menos pelo nome, defendem o comunismo. Porque não juntarem-se todos?
Last but not least, o BE.
Segunda-feira fui a um comício do Bloco e fiquei convencido. Não pelo Miguel Portas, que me pareceu mais um que gosta mais de reclamar do que propôr novas coisas, mas pela Marisa Matias, uma candidata jovem com ideias bem definidas e sem excesso de insultos nos seus discursos. Convenceu-me também a participação de Fernando Nobre, o actual Presidente da AMI, que protestou corajosamente contra a inércia dos grandes políticos europeus relativamente aos voos da CIA em espaço aéreo europeu, e que condenou o que se passa na Palestina. Alguém que fala assim não é gago, ainda que algumas pessoas tenham achado a sua forma de falar um tanto... desastrosa xD
Eu gostei, e fiquei confiante de que o BE vai conseguir bons resultados nestas eleições. Ou pelo menos esperançoso :$
Mais uma coisa:
VOTEM!
Não interessa o quê, mas votem! Quem não votar não venha, depois, queixar-se do que acontecer na Europa. Para já, o voto nestas ocasiões especiais é a única participação que nós, cidadãos, podemos ter na vida política do nosso país e da nossa Europa. Por isso, Votem!
Não acredito que não haja um único partido, de entre todos aqueles que actualmente estão a concorrer, com que se identifiquem. Mas se for este o vosso caso, não deixem de exercer o vosso direito de voto. Votem, nem que seja em branco!
Não acredito que não haja um único partido, de entre todos aqueles que actualmente estão a concorrer, com que se identifiquem. Mas se for este o vosso caso, não deixem de exercer o vosso direito de voto. Votem, nem que seja em branco!
18 comments:
Quanto é que te pagaram pela publicidade? :P
Qual deles? xP
O Bloco de Esquerda :P
Ah, mas eu não falei bem só do BE xD
Se eles me tivessem pagado seria para falar só deles xD Pelo menos bem. Foi o que eu disse, eu até acho que o PPM, o PNR e o CDS têm pernas para andar, mas eu pura e simplesmente não concordo com eles.
E pronto, da esquerda repartida parece-me que o BE é a melhor hipótese.
Então pronto, foi a esquerda generalizada que te pagou... e os monarcas também...
LCM! LCM! LCM!
Ui xD Depois de verem este post o mais provável era pedirem-me o dinheiro de volta xD
Estava a ler o texto e já mia na parte em que falavas no POUS e coisinhas dessas e estava a pensar: Queres ver que ele se esqueceu do ascendente Bloco? Pois é, pela 1ª vez vou votar no Bloco, porque acho que têm feito uma oposição de grande nível, sou próxima de algumas ideias deles e ao contrário de ti gosto do Portas (do Miguel, o outro dá-me vómitos). Quanto à Monarquia, estou em completo desacordo contigo ;)
Gostei de ver um jovem de 15 anos (?) tão envolvido nestes assuntos. Parabéns e continua :)
Sim, 15 anos xP
E eu não desgostei propriamente do Portas, é só que ele centra-se demasiado em insultar o governo, em vez de dizer algo de concreto. Mas espero que lá faça alguma coisa de jeito :P
Quanto à monarquia... faça favor de desacordar :) Terei todo o gosto de discutir isso contigo ;)
Também sou de Esquerda e estou um pouco indecisa entre o BE e a CDU, mas por isso é que hoje é o dia de reflexão. :P Quanto à monarquia, tenho-me dedicado a ler biografias dos reis portugueses e estou a acabar a de D. Pedro IV, rei que doou a Carta Contitucional portuguesa. Tem algumas coisas fixes, mas sendo que o rei continua a ter o poder sobre a Assembleia (e isso no Império Brasileiro deu problemas, que culminaram na sua abdicação), não sei bem se escolheria essa forma de governo.
Mas acho que o que importa neste acto eleitoral é que o povo participe e vote, e que vote sobretudo na oposição ao PS, por forma a mostrar que o povo não dorme e se encontra insatisfeito com este modo de fazer política. Uma maioria absoluta nunca é solução, como acho que é perceptível e temos de mostrar que estamos descontentes com o que essa maioria tem feito na Assembleia Portuguesa. Um cartão vermelho nas Europeias mostra, até na UE, que estamos descontentes e algo tem de mudar. Até um voto em branco é válido, já que demonstra não só descontentamento mas também que o povo não se revê em nenhum partido, em nenhuma proposta apresentada, pelo que os políticos têm de encontrar um outro caminho. Votem num partido, votem em branco, mas votem!
A revolução de há 35 anos atrás não se fez apenas para acabar com a censura e nos podermos manifestar. Foi também feito para podermos intervir directamente na política, para escolhermos e podermos criticar, se quem escolhemos não está a proceder como deveria, como esperávamos ao votar neles. A revolução de há 35 anos foi feita tendo em vista um cidadão ter o direito e o dever de intervir directamente na política, e essa intervenção não é só feita através de manifestações, como alguns parecem crer, é sobretudo feita através do voto, porque é aí que podemos mudar alguma coisa.
Exacto, concordo totalmente contigo.
Em relação à monarquia:
bem, pode ser má se o rei for mau, mas se o rei for capaz pode trazer muitas vantagens, pois obriga o governo a seguir uma política coerente, não havendo mudança de rumo a cada 4 anos.
Acho eu x)
Pessoalmente, acho que essa mesma função podia ser desempenhada por um Presidente da República. É por isso que acho que lhe terem tirado alguns poderes, nomeadamente o de veto - já que voltando duas ou 3 vezes à Assembleia o decreto lei é passado de qualquer modo -contribuiu para algum deste descalabro.
Numa coisa acho que tens razão, o BE vai subir muito nestas eleições. Se isso me agrada ou não, já é outra história :P
Gostei e respeito a tua análise, embora não concorde com a maioria das coisas. Vantagens de se viver numa democracia.
Amanhã vou votar, claro. Em quem, não interessa, até porque hoje é proibido fazer campanha. Só gostava que as pessoas percebessem em que é que estão realmente a votar. Isto partindo que a maioria vai votar, o que, infelizmente, duvido que aconteça.
Preto no branco, ou branco no branco =) o branco também é uma cor, e é decididamente uma posição válida.
Para mim o voto é um direito inquestionável. Sempre votei, e continuarei a votar enquanto puder. Por muitos argumentos que ouça, não consigo compreender os que não votam. Lutou-se tanto para se adquirir esse direito, que me parece até um desrespeito ao passado. Em ultimo caso votaria em branco, mas ainda assim votaria. Sempre.
...e amanhã lá estarei!
Muito boa reflexão. Em alguns pontos não concordo contigo, mas que será isto se não a política? xD
E ainda não posso votar... still waiting.
Tiago
És de esquerda?! -.- Ainda bem q nestas eleições nao vou votar, nao segui as campanhas eleitorais, mas de qualquer forma votaria num partido de direita. É preciso q notar q para estas eleições votar PSD ou CDS vai dar mais ou menos ao mesmo pois eles alinham no mesmo partido europeu, o EPP-ED - Grupo do Partido Popular Europeu (Democratas-Cristãos) e dos Democratas Europeus.
Sr. Francisco,
Quero um post a dizer como foi maravilhosa a estadia cá em casa e como é bom apanhar batatas.
Espero ansiosamente,
A Responsavel pela Hospedagem
PS. O jogo fica prá proxima
Prometido :D
PS: Não me vou esquecer disso xD
É estranho comentar um post de análise a programas políticos para eleições que... já foram. xD
Mas não resisto: reservando-me o direito a discordar em algumas questões (PPM?? Não, não, nãooo!), o BE ganhou o meu (primeiro!) voto. Sendo de esquerda moderada, Vital Moreira, apesar de toda a honra que tenho ao professor, não convenceu na sua campanha e propostas.. O PSD trava uma batalha de um só homem (pouco apoio tem sido dado a Paulo Rangel pelo seu próprio partido) e, não desgostando do candidato social-democrata, o grupo parlamentar europeu a que irá pertencer afasta-se em muito dos meus ideais políticos e da minha concepção de integração e desenvolvimento europeu. Ora, BE surge então como opção lógica - não considero o PCP como a alternativa viável e o seu cartaz de candidatos não convence. O comício de Coimbra ajudou a consolidar ideias e achei que tanto o candidato Miguel Portas como a candidata Marisa Matias estiveram muito bem. Confesso que Fernando Nobre me desiludiu um pouco na forma como se apresentou - talvez por esperar melhor oralidade de alguém com um palmarés tão louvável como o seu...
Quanto aos resultados... Fico contente com os mandatos conseguidos pelo BE e pouco surpreendida com a "derrota" do PS (não se poderia esperar outra coisa quando o cabeça de lista às europeias se cola de forma tão evidente aos ideais e posturas do actual primeiro ministro... ainda mais a escassos meses de legislativas que prometem vendaval político). Em contrapartida, Paulo Rangel sai vitorioso de uma luta em que o resultado, acredito, se deveu mais a escorregadelas adversárias do que a crescimento político. Perante estes resultados, prognósticos para as legislativas? Com uma esquerda fragmentada e uma direita sem coligações à vista, confesso-me assustada com as perspectivas de governabilidade que se apresentam... Veremos!
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