É o título duma entrevista a António Emiliano, publicada na edição do Metro de 3ª feira passada (página 4), no âmbito da polémica do Acordo Ortográfico. Este senhor, co-redactor de uma petição lançada há pouco tempo, com muita parra e pouca uva, em que não se diz nada do que é preciso, em que os que a escreveram se preocuparam mais em utilizar um registo de lingua elitista, só para parecer bem, recheando o texto de expressões como "aviltamento inaceitável", "identidade multissecular" e "riquíssimo legado civilizacional e histórico", que três quartos da população jovem, alfabeta mas iliterada, não percebe, e não explicando nada do porquê de se estar contra o acordo.
Pelo contrário, numa entrevista substancialmente menos importante do que uma petição dirigida aos Ex.mos Senhor Presidente da República Portuguesa, Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa e Senhor Primeiro-Ministro de Portugal, este senhor tem o cuidado de explicar a posição e dar alguns exemplos de alterações absurdas, enquanto na petição...
E o pior disto tudo é que esta, só por ser assinada por personalidades "importantes" como José Pacheco Pereira, António Lobo Xavier, Mário Cláudio, Paulo Teixeira Pinto, Vasco Graça Moura e Zita Zeabra e por nela ser utilizado um palavreado caro, recebe logo o previlégio de ser referida em dastaque num dos principais jornais diários gratuitos do país, enquanto outras petições (como esta), muito mais bem formuladas, são ignoradas.
A primeira pode não contar com a minha assintatura, apesar de com pouco menos de duas semanas já contar com quase 35000 assinaturas, mas quanto a esta última petição que referi, tenho orgulho de ser um dos 5548 que já assinaram.
É por estas e por outras que o país não sai de onde está - as pessoas e a imprensa dão mais valor ao palavreado caro e bonito do que à mensagem e ao conteúdo de petições coerentes e fundamentadas que certas mentes preocupadas com o futuro do país e da nossa língua se preocupam a escrever.
Enfim...
PS: Já agora, para darem umas boas gargalhadas, aconselho a leitura da seguinte blogação no Só me apetece cobrir!
CARPE DIEM!
Pelo contrário, numa entrevista substancialmente menos importante do que uma petição dirigida aos Ex.mos Senhor Presidente da República Portuguesa, Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa e Senhor Primeiro-Ministro de Portugal, este senhor tem o cuidado de explicar a posição e dar alguns exemplos de alterações absurdas, enquanto na petição...
E o pior disto tudo é que esta, só por ser assinada por personalidades "importantes" como José Pacheco Pereira, António Lobo Xavier, Mário Cláudio, Paulo Teixeira Pinto, Vasco Graça Moura e Zita Zeabra e por nela ser utilizado um palavreado caro, recebe logo o previlégio de ser referida em dastaque num dos principais jornais diários gratuitos do país, enquanto outras petições (como esta), muito mais bem formuladas, são ignoradas.
A primeira pode não contar com a minha assintatura, apesar de com pouco menos de duas semanas já contar com quase 35000 assinaturas, mas quanto a esta última petição que referi, tenho orgulho de ser um dos 5548 que já assinaram.
É por estas e por outras que o país não sai de onde está - as pessoas e a imprensa dão mais valor ao palavreado caro e bonito do que à mensagem e ao conteúdo de petições coerentes e fundamentadas que certas mentes preocupadas com o futuro do país e da nossa língua se preocupam a escrever.
Enfim...
PS: Já agora, para darem umas boas gargalhadas, aconselho a leitura da seguinte blogação no Só me apetece cobrir!
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